Terapia de novos lugares
Voltar à Pastelaria Suíça de hoje é muito diferente de voltar à antiga pastelaria.
Uma pastelaria imponente dos anos 20 que nem todos tinham acesso a entrar, seria então uma pastelaria elitista naquela altura.
Os anos foram passando e as formas de pensar também se foram adaptando aos novos tempos.
Quando era pequena a minha avó trabalhava perto da Pastelaria Suíça e fui com ela algumas vezes lá lanchar, gostava das montras grandes que era difícil escolher o que comer tal era a diversidade e tudo com tão bom aspecto e os empregados sorriam-nos sempre. E o engraçado que era pagar para se ir à casa de banho, coitada agora que me lembro dela lembro-me também de como o era tudo um pouco escuro.
Mais tarde com as novas obras o espaço ficou estranho, era grande demais e os balcões perdiam-se no espaço.
Deixemo-nos de saudosismos e voltemos ao século XXI. Nova morada, um espaço mais pequeno mas muito bonito e agradável com um painel de azuleijos da Viúva Lamego, e a montra dos doces é um pedaço de mau caminho e só maravilhosa/deliciosa.
Para muita pena minha, a simpatia e um sorriso para o cliente é uma coisa que não se encontra, sentimo-nos ali como "frangos no aviário" em que assim que pagamos somos encaminhados para um outra fila na lateral e que por sua vez a funcionária que trata do nosso pedido nem para nós olha quanto mais esboçar um belo sorriso. Talvez para quem não leve a simpatia tão a peito como eu não se importe, eu fiquei dececionada sobretudo por uma casa que tem tanta história e de tamanha importância para a nossa cidade, Lisboa.
Do atendimento frio e triste quero acreditar que quem confeciona aquelas iguarias tenha Amor para dar porque são maravilhosas.
Irei voltar só para comer um "esquimó" que fiquei de olho de outra cliente, depois Au Revoir Pastelaria Suíça, talvez volte quando for velhinha e me apeteça uma torrada com um chá.
Combinamos um lanche?